"Quando estudamos o budismo, estamos estudando a nós mesmos,
estamos estudando a natureza de nossas próprias mentes. Em vez
de focalizar em algum ser supremo, o budismo enfatiza mais os
assuntos práticos, tais como: como levar as nossas vidas, como
integrar as nossas mentes e como manter nossas vidas diárias
pacíficas e saudáveis. Em outras palavras, o budismo sempre
acentua o conhecimento-sabedoria experimentado e não uma visão
dogmática. Na realidade, nem mesmo consideramos o budismo
como uma religião, no sentido usual do termo. Do ponto de vista
dos lamas, os ensinamentos budistas estão mais no reino da filosofia,
ciência ou psicologia."

Lama Yeshe no livro disponivel online em pdf Seja Seu Proprio Terapeuta

"The way we live and think everything is dedicated to material pleasure. We consider sense objects to be of utmost importance and materialistically devote ourselves to whatever makes us happy, famous and popular. Even though all this comes from our mind, we are so totally preoccupied by the external objects themselves that we never look within, we never question what makes them so interesting. However, this mind is an inseparable part of us; as long as we exist our mind is there within us. Thus we are always up and down. It is not our body that goes up and down, it is our mind—the mind whose way of functioning we do not understand. Therefore, sometimes you have to examine yourself; not just your body but your mind, which is the thing that is telling you what to do. You have to know your own psychology, or, in religious terminology, perhaps, your inner nature. But no matter what you call it, you have to know your own mind."

Lama Yeshe in Be Your Own Therapist
"Quer experimentemos apego ou aversão, o objeto da nossa emoção — a pessoa ou coisa pela qual sentimos raiva ou desejo — não é permanente, individualizado ou autônomo. Todos os objetos das nossas emoções são impermanentes, compostos de muitas partes diferentes, sujeitos a influências externas, desprovidos de autonomia ou poder próprio. Uma vez que tenhamos entendido isso, precisamos contemplar esse fato vez após vez. Não basta reconhecer que isso seja verdade, e então deixar de lado esse dado. Precisamos pensar sobre ele repetidas vezes, para que, gradualmente, cheguemos à compreensão de que os objetos do nosso apego ou aversão, na realidade, não existem, mas são como imagens em um sonho. Este é o principal antídoto para as emoções fortes."

S.E. Chagdud Tulku Rinpoche
www.chagdud.org
"Muitas vezes nos parece que a lógica do “mundo real” é vitoriosa sobre as nossas aspirações elevadas e visões espirituais, que terminam por mostrar-se frágeis diante da concretitude das circunstâncias. Quando olhamos com lucidez, vemos que não é assim mas justo o contrário, perce-bemos que ao abandonar os valores elevados terminamos por nos comportar ferindo as relações em algum dos quatro níveis e criamos muitos problemas. Já quando promovemos relações positivas somos recompensados.

Se criarmos condições favoráveis para os outros seres, estabelecemos relações satisfatórias; então surge felicidade para nós. Por outro lado, se nós exercemos ações ásperas, negativas, agressivas com os outros seres, nós não conseguimos construir uma civilização, porque uma civilização não é construída pela agressão mas pela coordenação surgida a partir de uma aspiração de paz e harmonia entre as pessoas e seu mundo. Nenhum ato corrupto e agressivo constrói relações positivas, e portanto, não produz felici-dade e segurança, conseqüentemen-te não produzirá uma cultura sustentável, não importa o quão poderoso seja.

Esta compreensão não é algo artificial. É como se estivéssemos em uma escola da vida onde aprendemos que fazer assim é melhor e que fazer de outro modo é catastrófico. Não é necessária uma ética artificial, basta aprendermos com a experiência real que todos temos durante nossas vidas. A noção de responsabilda-de universal nos leva em direção a uma cultura que, reconhecendo isso, vai ser naturalmente uma cultura de visão ampla e paz."

Lama Padma Samten - Leia mais em www.caminhodomeio.org/CulturadePaz
fotos Ladakh, India. abr 2008